«A união da equipa é o ADN do Vizela»

Vizela 23.03.2023 17:15
Por Pedro Barros

Raphael Guzzo, médio do Vizela, recebeu esta tarde o prémio MVP do jogo do Portimonense, numa distinção dos adeptos do clube. O jogador dos minhotos apontou o golo do triunfo, em tempo de compensação, que permitiu à equipa dirigida por Manuel Tulipa atingir os 32 pontos, apenas menos um do total somado na época anterior. À margem deste evento, o centrocampista respondeu a várias perguntas de jornalistas.


- Foi importante marcar um golo que garantiu os três pontos, diante do Portimonense, e que praticamente valida a permanência do Vizela?

- É verdade que foi um golo bastante importante, nos minutos finais. Nunca tinha acontecido ganharmos um jogo assim. Mas são três pontos que nada definem. Temos um caminho longo a percorrer.


- Tem sido um dos indiscutíveis no Vizela. Como explica a sua afirmação na equipa, uma vez que na época anterior foi menos vezes titular?

- Estou muito contente pela época que temos vindo a fazer e também com o meu desempenho. Isso dá confiança, mas é fruto de um trabalho coletivo muito grande. Os 32 pontos refletem muito do que temos feito esta época. Temos sido bastante constantes. O ano passado tive uma lesão no meu melhor período, que me afastou oito ou nove jogos, foi muito tempo afastado... Para voltar foi mais difícil.


- A que lugar pode ambicionar o Vizela, quando faltam nove jornadas para terminar a prova?

- Conquistar a permanência o mais rápido possível. Garantido isso, pretendemos os lugares mais acima possível. Temos legitimidade para sonhar com isso.


- O Vizela recebe na próxima jornada o Casa Pia, que luta pelo 5.º lugar e que tem evidenciado bons resultados nas suas deslocações. Quais as principais preocupações para travar este adversário?

- O Casa Pia tem vindo a realizar um campeonato incrível. Para uma equipa recém-promovida ter 38 pontos não é fácil, ainda para mais com a constância que tem revelado. Privilegia o jogo a partir de trás, com jogadores rápidos e avançados que causam estragos. O jogo vai definir-se em quem evidenciar maior equilíbrio nos diversos momentos.


- Se o Vizela vencer fica com as contas da permanência praticamente fechadas. Vão entrar em jogo a pensar nessa possibilidade?

- Entramos a cada jogo para conquistar os três pontos. Não iremos pensar nisso.


- Acreditava que esta época iria ser ainda melhor e mais tranquila do que a época passada?

- Os pontos dão razão a essa pergunta. O ano passado era o primeiro ano na Liga. Abordámos jogos como se ainda estivéssemos na Liga 2. Desde o final da época passada e início desta temos sido mais maduros, mais equilibrados e cada vez sofremos menos golos. Dá segurança à equipa e permite conquistar mais pontos. Este percurso é fruto dessa evolução.


- Como avalia a temporada até ao momento?

- Atravessámos um momento muto bom. Traz muita confiança, mas temos de ter os pés bem assentes na terra. Temos muito para conquistar e temos de ser ambiciosos.


- A equipa parece funcionar como um todo, assumindo a ideia de um verdadeiro grupo. Teme, numa perspetiva de futuro, que a saída de um ou mais jogadores, como é normal em cada fim de época, possa vir a desagregar esse sentido de união, com reflexos no desempenho desportivo?

- Essa união é uma marca. É o ADN do Vizela. Iniciou-se há dois anos, consolidou-se o ano passado, repete-se agora e será mantido no futuro, com certeza. É algo enraizado no clube, pelo que os jogadores que chegam sabem o que têm de interiorizar. Houve mudança de administração, mas nada se alterou. É algo inegociável para quem chega de novo. Esse espírito de família já ajudar a conquistar muitas coisas. O futuro passa por manter esse ADN. É algo que também liga jogadores a adeptos. Se sair alguém, não haverá reflexos. O Vizela é um projeto desportivo com ADN enraizado, em que todos se identificam. Tenho a certeza de que o Vizela não contrata jogadores apenas pelas qualidades futebolísticas, mas também pela qualidade humana. Um balneário unido faz muita diferença, principalmente nos momentos mais difíceis.


- Onde se imagina daqui a um ano, em que patamar competitivo, com que desempenho?

- Percebo a pergunta, por estar em final de contrato. O meu pensamento é ajudar o Vizela até final da época. Fazer o melhor possível para alcançar a melhor classificação possível. Só me concentro nisso. Mais do que olhar para o futuro, o meu foco está no presente, naquilo que posso controlar. Tenho um orgulho imenso no clube que represento, ao qual vou demonstrar gratidão eterna.

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