Lionel Scaloni deu terça-feira a primeira conferência de imprensa na Argentina, de antevisão ao duelo particular com o Panamá, encontro que acabou em palmas dos jornalistas argentinos ao selecionador.
O regresso do grupo aos jogos, com particulares frente a Panamá e Curaçao, será de festa. «Gosto que vejam a seleção argentina como sendo de todos, que venham como se fosse a primeira vez. Que os adeptos vejam os jogadores como um deles, que a seleção seja de todos», comentou.
Antes da salva de palmas final, Scaloni confessou que muitas vezes lhe chamam ‘scaloneta’ – alcunha dada à seleção durante o Mundial do Catar – em vez de Lionel quando com ele se cruzam nas ruas, mas que tenta levar uma vida normal apesar do feito.
«Bem, não me levanto todos os dias a pensar que sou campeão do Mundo. Vocês levantam-se todos os dias a pensar ‘sou jornalista no país campeão do Mundo?», questionou os jornalistas. A resposta foi uma e ruidosa: «Siiiiim!». «Ah sim? Então somos pólos opostos!», respondeu, «creio que esta loucura será passageira e depois tudo ficará mais tranquilo. Temos de entender aquilo que demos a sentir às pessoas e sabe lidar com isso. O futebol continua a ser só futebol, há uma infinidade de problemas muito mais importantes. Fizemos as pessoas mais felizes, mas a vida continua.»
A modéstia estendeu-se ao que sentiu na vitória do prémio The Best, no final de fevereiro: «Quando ganhas um Mundial tudo é magnífco, mas não me posso colocar à altura de Ancelotti ou Guardiola. Fico muito orgulhoso com o prémio, mas eles são figuras maiores.»
Scaloni falou ainda sobre o futuro de Messi na seleção: «O Leo está bem, apetece-lhe jogar, continuar a vir. Até que ele diga o contrário, continuamos. Quando mudar, logo o tentarei convencer.»