Os adeptos do Palmeiras criaram um cântico para Abel Ferreira, tendo sido possível ouvi-lo nas bancadas do Allianz Parque, no encontro entre o verdão e o Ituano, que a equipa do treinador português venceu (1-0), garantindo a final do Campeonato Paulista.
«Cabeça fria, coração quente. Abel Ferreira, palmeirense como a gente», podia ouvir-se nas bancadas.
Após o jogo, em conferência de imprensa, Abel Ferreira foi questionado sobre o momento.
«Sou palmeirense desde que cheguei. Sou um treinador de projetos, não de saltar de equipa em equipa, sempre fui assim, é o meu perfil. Mas sabemos como é o futebol aqui no Brasil, se não ganhas… Eu digo-lhes, o difícil é ganhar de forma consistente. Se pensarmos que o que está para trás vai-nos garantir alguma coisa, estamos feitos. É preciso fazer mais e melhor. Por isso digo muitas vezes que o lema este ano é ‘fazer o mesmo, mas melhor’. Mas é logico que fico orgulhoso por reconhecerem que eu e os meus jogadores lhes damos alegrias», apontou.
O treinador explicou ainda a expressão «coração quente».
«É uma mantra que se usa muito no futebol e na vida. Às vezes estamos em casa e temos discussões com os nossos pais, filhos, namorada, esposa… é preciso ter cabeça fria, calma, e coração quente, porque amamos a pessoa. Às vezes as emoções tomam conta de nós, não quer dizer que eu seja aquele comportamento, mas naquele contexto e momento. Ontem estava a ver o Alcaraz. Estava a falhar no primeiro 'set' e o treinador dizia ‘sem emoções, sem emoções’. E é verdade, às vezes tomam conta de nós e nesse nível temos de aprender. É algo que estou a fazer, porque passo isso muito bem para os meus jogadores e ainda vivo como jogador. Tenho de entender que essa parte tem que ser mais cabeça fria. Coração quente já sou há muitos anos», concluiu.
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