A federação italiana publicou ontem os fundamentos para a decisão de retirar 15 pontos à Juventus no caso das mais-valias fraudulentas - negócios em que os jogadores eram avaliados por valores bem acima do mercado, de forma a esconder as dificuldades financeiras do clube.
No acórdão de 36 páginas do Tribunal de Recurso explica-se que foi a chegada de novos elementos de prova que levaram à alteração da decisão - inicialmente o processo fora arquivado - e até da pena proposta pela acusação, que sugeria perda de 9 pontos, e não de 15. O Tribunal menciona «contas não confiáveis», «resultados desportivos alterados» como consequência dos benefícios que a Juventus tirou com a ocultação dos problemas financeiros e até de documentos falsificados (como na troca Akè/Tongya com o Marselha), considerando ter ficado provada a intenção dos dirigentes da Juve.
O clube tem agora um mês para recorrer e já anunciou que vai fazê-lo perante «um documento viciado de irracionalidade e falta de fundamentação na lei». O recurso, porém, não pode alterar o castigo, apenas confirmá-lo ou anulá-lo.