Rochele Nunes alcança a prata no Grand Prix de Portugal

Judo 29.01.2023 20:12
Por Miguel Candeias

O público que enchia o Pavilhão de Almada bem puxou por Rochele Nunes (11.ª) e entusiasmou-se quando a judoca do Benfica marcou wazari numa projeção aos 1.57m de combate, ganhando preciosa vantagem sobre Hayun Kim (8.ª) na final dos +78 kg. No entanto, ainda chão e enquanto Rochele nem se apercebera que havia pontuado, a sul-coreana conseguiu inverter as posições no chão e imobilizar a portuguesa para a vitória no Grand Prix de Portugal.   


Foi a primeira vitória de Kim, de 23 anos, no Circuito Mundial depois de ter colecionado cinco bronzes em grand slams desde 2018. Quanto a Rochele, de 33 anos, ainda não foi desta que ganhou uma etapa do Circuito apesar de já ter quatro pratas e sete bronzes desde que se naturalizou e passou a representar Portugal em 2018. Isto apesar de já ter sido em duas ocasiões 3.ª classificada em campeonatos da Europa.


Recorde-se que Rochele Nunes ficou isenta da 1.ª ronda por ser cabeça de série e começou a competição superando a brasileira Giovanna Santos (140.ª) com um ippon aos 3.40m. Nos quatros de final eliminou, com três castigos em 3.15m, a francesa Valentine Marchand (85.ª) para depois, na meia-final, derrotar a cazaque Kamila Berlikash (15.ª). novamente por shidos (3.55m) por esta não atacar.


A Seleção terminou assim a segunda edição do Grand Prix de Portugal com dois ouros de Bárbara Timo (-63 kg) e Patrícia Sampaio (-78 kg) e o bronze de Rochele (+78 kg). Em 2022, época em que a etapa passou a marcar o início do Circuito, a equipa lusitana alcançou quatro pódios: Catarina Costa (-48 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg), foram ouro, e Joana Diogo (-(52 kg) e Telma Monteiro (-57 kg) bronze.


Mas se em 2022 estiveram em competição 301 judocas, desta feita foram 544 de 81 países. Segundo a FIJ um recorde de participantes num grand prix do Circuito e que muitas vezes nem acontece nos grand slams.


Portugal concluiu a prova no segundo posto do medalheiro (2+1+0), apenas superado pela Coreia do Sul (4+1+1) e seguido pelo Uzbequistão (2+0+0), Kazaquistão (1+2+0) e com a Geórgia (1+1+0 ) a fechar o top 5.

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