Foi visivelmente emocionada na cerimónia de pódio dos -63 kg que Bárbara Timo (16.ª do ranking) entoou A Portuguesa juntamente com o público que enchia o Pavilhão de Almada. O mesmo que a apoiara na final e gritara pelo seu nome enquanto saía do tatami para abraçar a treinadora Ana Homrigo. Momento que tão cedo não esquecerá.
«Estou muito contente. Já tinha tido um bronze em Lisboa [Europeu 2020], mas havia sido sem público [devido à pandemia]. Sonhava com um grande título em em casa, com a minha claque, família… É uma sensação de realização muito grande», explica Timo.
«Entrei na prova para ganhar ritmo de competição. Vinha para vencer, mas quis pensar luta a luta. Foi assim que consegui o ouro. Acho que estou com ritmo…», brinca. «Mas sei que posso melhorar. A claque fez-me estar sempre focada. Ao longo do dia ouvi vozes familiares. Vi-os e sentia-os na luta e em cada paragem. Procurei saborear o momento», acrescenta.
Questionada se se recorda que, há um ano, não pôde competir e apesar da felicidade das quatro medalhas portuguesas sentiu-se triste na abancada enquanto assistiu à prova da sua categoria e prometeu que em 2023 estaria presente, responde. «Desde então aconteceu tanta coisa... Sim, estou emocionada», vai dizendo.
«Sobretudo sinto-me muito contente de estar aqui. É aquele cliché: gratidão por estar saudável, ter a minha treinadora ao lado, o dia correu bem. Fizemos com que fosse assim depois da incerteza se estaria ou não apta. Desde a perda de peso, de termos alugado [o Benfica] um apartamento próximo da competição [ao lado do hotel oficial na Costa de Caparica] para não me desgastar tanto. O resultado é grande, mas o trabalho são pequenos passos diários que fazem a medalha. O segredo é muito trabalho», garante.
Leia mais na edição digital ou na edição impressa de A BOLA.