Certamente que o leitor já terá ouvido, em diversas ocasiões até, de que o futebol não é uma ciência exata. Por mais fórmulas ou previsões que possam existir é a incerteza no resultado que movimenta paixões. Mas, dentro da matemática possível, há casos particulares. Que parecem ter uma previsibilidade que escapa a todo o tipo de teoria. E é aqui que entra Rúben Amorim e a Taça da Liga. Uma combinação perfeita no qual a… inevitabilidade da vitória, até ao momento, está sempre presente.
A mais recente, diante do Arouca, foi apenas mais uma de um longo historial de sucesso do técnico leonino. Para sermos precisos: a 14.º como treinador em 14 jogos. Imaculado. Duas pelo SC Braga e 12 ao leme dos leões. As quais acabariam por ser decisivas na sua projeção nacional, reforçando estatuto com a conquista dos primeiros títulos da curta carreira do técnico de 37 anos. 14 jogos que lhe valeram três troféus no palmarés (um pelos minhotos e dois pelos leões), apontando, agora, ao quarto que, recorde-se, poderá acontecer já na partida do próximo sábado diante do FC Porto em Leiria.
Ao percurso sem falhas do técnico acresce o grau de dificuldade. Dos adversários, claro. Numa análise mais pormenorizada lembrar que destas 14 vitórias, duas aconteceram diante do FC Porto, uma com o Benfica, duas com SC Braga e outra, curiosamente, sobre do próprio Sporting na sua época de estreia como profissional ao serviço do clube bracarense em 2019/2020.
Estreia em 2008/2009
Mais: o sucesso de Rúben Amorim nesta prova não se reduz ao banco de suplentes. Começou, aliás, no relvado, como jogador, aquando da sua passagem por Benfica e SC Braga. Ele que levantou o troféu dentro das quatro linhas em seis ocasiões. A primeira delas, pelo clube da Luz, na época 2008/2009 quando venceu novamente o… Sporting nos penáltis em final no Algarve. E a partir daqui... foi sempre a somar troféus. Cinco delas pelo Benfica e uma no SC Braga. Contas feitas, como jogador, 19 jogos sem nunca conhecer o sabor da derrota.
Uma ligação que se prolonga agora, com outras funções, mas revelando idêntica eficácia. Foi decisivo para dar fôlego e enriquecer o palmarés leonino que, diga-se, já leva a segunda maior série de triunfos consecutivos na prova: 12. Está, aliás, a duas vitórias de igualar o máximo registo do Benfica (entre 2012/2013 a 2016/2017).
Uma edição a cilindrar!
O caminho trilhado até esta final foi brilhante. A contrastar com a irregularidade exibicional de todas as outras competições. Com vitórias e muitas goleadas. O Arouca, de resto, com o golo de Dabbagh, foi mesmo a única equipa que conseguiu marcar ao leão nesta edição. Para trás ficam impressionantes 20 golos em cinco jogos. Um registo que aproximou os leões também do melhor ataque de sempre. Desde a criação da Taça da Liga que o Sporting soma 120 golos contra os 129 do Benfica. E a história ainda não terminou, pois Amorim prepara, agora, a 7.ª final leonina. Um jogo que tornará o clube leonino como aquele que soma mais jogos na prova: 66.